Pesquisadores estão desenvolvendo uma nova geração de curativos inteligentes capazes de cicatrizar feridas por conta própria, monitorar o processo de cura e reduzir a formação de cicatrizes. A tecnologia combina o uso de raios de luz e eletricidade para acelerar a regeneração dos tecidos.
Uma equipe da Universidade de Southampton, na Inglaterra, utiliza minúsculos LEDs nos curativos para emitir luz ultravioleta-C, esterilizando a região à medida que a ferida cicatriza. Os testes iniciais estão sendo realizados em laboratório.
Paralelamente, cientistas da Universidade da Pensilvânia e Rutgers desenvolvem uma versão que detecta infecções e administra eletroterapia – uma descarga elétrica que estimula a cura. Estudos mostram que a estimulação elétrica pode aumentar a migração de células imunológicas para combater germes e remover células mortas nas feridas.
No futuro, o curativo inteligente poderá armazenar e liberar antibióticos em caso de infecção, mediante comando remoto de um médico. Guillermo Ameer, engenheiro biomédico e professor da Northwestern University, destaca: “É uma área muito quente atualmente. Quando começamos nesta área, há cinco anos, havia muito poucas pessoas olhando para bandagens inteligentes. Agora temos muitos colegas, não só nos Estados Unidos, mas também na China e na Europa.”
William Tettelbach, especialista em tratamento de feridas e presidente da American Professional Wound Care Association, complementa: “Você poderia ter centros de saúde que monitorassem esses dispositivos e contatassem os pacientes quando houvesse um problema.”