A chegada do DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, acirrou a disputa entre os Estados Unidos e a China – um cenário que chamou a atenção dos especialistas desde o início. A ferramenta foi apontada como mais eficiente e muito mais barata que o famoso chatbot, apesar de ainda apresentar algumas limitações tecnológicas, como a censura em assuntos delicados.
Durante a cúpula de ação de inteligência artificial realizada na França, líderes de grandes empresas tecnológicas discutiram o impacto da nova IA, destacando que, embora a inovação represente um avanço notável, os temores quanto à sua capacidade de abalar o mercado são, em parte, exagerados. O CEO da plataforma de vídeo de IA Synthesia, Victor Riparbelli, chegou a afirmar que a migração de usuários de outras plataformas seria bastante limitada, enquanto outros especialistas sublinharam que os modelos de IA maiores ainda mantêm uma vantagem consolidada.
Além disso, relatórios indicaram que, com um custo de desenvolvimento em torno de US$ 6 milhões – comparado aos mais de US$ 60 milhões de ferramentas como o Llama 3.1, da Meta – o DeepSeek democratiza o acesso a tecnologias avançadas. Essa redução de custo, segundo alguns analistas, pode promover uma colaboração mais intensa no setor, elevando o nível dos debates e confirmando que a China estava, de fato, mais avançada tecnologicamente do que se imaginava.