Na última terça-feira (13), a Defensoria Pública e o Ministério Público dos estados de São Paulo e Paraná se reuniram pela primeira vez com representantes da Voepass Linhas Aéreas e de uma seguradora para discutir as indenizações destinadas às famílias das 62 vítimas do voo 2283. O trágico acidente, ocorrido na sexta-feira (9) em Vinhedo, São Paulo, resultou na morte de todos a bordo.
Durante o encontro, Luciana Jordão, defensora pública-geral de São Paulo, informou que foi abordada inicialmente a liberação do seguro obrigatório, conhecido como seguro Reta, que cobre despesas imediatas das famílias. Em um segundo momento, será discutida a responsabilidade da empresa aérea e as devidas indenizações.
“O Ministério Público de São Paulo e a Defensoria Pública do Estado estão revisando minuciosamente todos os documentos para garantir que as famílias possam assinar com segurança, especialmente no que tange ao seguro Reta”, explicou Jordão. Ela acrescentou que, em breve, haverá um foco maior nas indenizações por responsabilidade. Uma nova reunião entre todas as partes envolvidas está marcada para a próxima terça-feira (20).
Plano de ação integrado
O Ministério Público de São Paulo anunciou a criação de um plano de ação integrado para acompanhar o processo judicial referente ao acidente. Segundo o subprocurador Roberto Barbosa Alves, um grupo diversificado de promotores, com expertise em várias áreas, foi formado para atuar conforme suas especialidades, incluindo registros públicos, proteção ao consumidor e área criminal.
Embora a Voepass tenha demonstrado cooperação com as investigações, Alves destacou que ainda não há previsão para a apresentação de denúncia por parte do MPSP, devido à complexidade do caso e à necessidade de concluir a remoção dos vestígios no local do acidente.