Arqueólogos realizaram uma fascinante descoberta em escavações de um mosteiro bizantino em Khirbat el-Masani, nas proximidades da Cidade Velha de Jerusalém. Durante a análise de túmulos datados do século V, eles encontraram um esqueleto feminino envolto em correntes pesadas, o que levantou questões intrigantes sobre as práticas religiosas da época.
A presença das correntes no enterro dessa mulher não sugere punição ou prisão, mas sim a adoção de uma prática ascética. Segundo os especialistas, essa prática consistia em limitar a mobilidade como forma de devoção espiritual, proporcionando um significado profundo ao ato de renunciar aos prazeres terrenos em busca de fortalecer a fé. Isso reflete um comportamento comum entre monges cristãos, especialmente após o cristianismo ser declarado a religião oficial do Império Romano em 380 d.C.
O ascetismo tornou-se uma característica marcante durante o período bizantino, quando muitos religiosos buscavam a purificação espiritual através da autoprivação. Embora esses atos sejam mais frequentemente associados aos homens, também existem relatos históricos que indicam que algumas mulheres, como a do esqueleto encontrado, adotaram essas práticas extremas. A descoberta ressalta que o sepultamento com correntes pode ter sido uma forma de honrar sua dedicação religiosa, garantindo que seu compromisso espiritual continuasse a ser reconhecido mesmo após a morte.