Você já se pegou sonhando acordado em momentos inapropriados? Este comportamento é comum, mas pode se tornar problemático se afetar a vida ao ponto de prejudicar o desempenho acadêmico ou social. Isso pode indicar uma condição neuropsiquiátrica conhecida como Síndrome de Desengajamento Cognitivo (SDC).
Identificação precoce
Um dos primeiros sinais que preocupam pais e professores é o comportamento das crianças. Elas frequentemente parecem estar “fora de si”, com um olhar distante e desatento, além de demorarem para responder perguntas e realizar tarefas. Essas crianças não necessariamente têm déficits de aprendizagem; seu cérebro apenas opera em um ritmo diferente, mais lento.
Diagnóstico desafiador
O diagnóstico da SDC é complexo, pois não existem critérios oficiais definidos. Especialistas geralmente utilizam questionários e observações para avaliar os sintomas conjuntamente.
Tratamento e manejo
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma opção eficaz para melhorar a qualidade de vida daqueles com SDC. Além disso, mudanças no estilo de vida, como uma rotina de sono estável e a prática regular de atividades físicas, também podem ser benéficas.
Desmistificando a condição
Muitas vezes, os sintomas da SDC são confundidos com falta de esforço ou preguiça. Até mesmo médicos, devido ao desconhecimento sobre a condição, podem fazer esse julgamento equivocadamente. Estima-se que a SDC seja tão comum quanto o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), afetando entre 5% e 7% das crianças. Sofia Barbosa Boucas, professora de psicologia na Brunel University London, destaca a importância do conhecimento sobre a SDC para evitar que pessoas não diagnosticadas continuem a sofrer com estigmas.