A taxa de desemprego no Brasil aumentou para 7,9% no trimestre encerrado em março de 2024, representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que registrou uma taxa de 7,4%. Comparando com o mesmo período do ano anterior, quando a taxa era de 8,8%, houve uma redução de 0,9 ponto percentual. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
O número de pessoas desocupadas alcançou 8,6 milhões, um crescimento de 6,7% (mais 542 mil pessoas) comparado ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve uma redução de 8,6% (menos 808 mil pessoas).
A população ocupada registrou um total de 100,2 milhões, uma queda de 0,8% (menos 782 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no comparativo anual. O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi de 57%, indicando uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior e um aumento de 0,9 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano passado.
Houve uma diminuição de 5,2% na população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas, totalizando 5,2 milhões de pessoas, com estabilidade na comparação anual.
A população fora da força de trabalho somou 66,9 milhões, um aumento de 0,9% (mais 607 mil pessoas) neste trimestre e estabilidade em relação ao ano anterior. O número de desalentados, aqueles que não procuram mais emprego, manteve-se estável no trimestre e recuou 7,1% (menos 275 mil pessoas) no comparativo anual.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 37,984 milhões, estável no trimestre e com aumento de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado se manteve estável no trimestre e cresceu 4,5% no ano, totalizando 13,4 milhões.
Os trabalhadores por conta própria totalizaram 25,4 milhões, mantendo-se estáveis em ambas as comparações trimestral e anual. O mesmo ocorreu com o número de empregadores, que foi de 4,1 milhões de pessoas. O número de trabalhadores domésticos foi de 5,9 milhões, apresentando uma queda de 2,3% no trimestre e um aumento de 3,5% no ano.
O emprego no setor público teve uma redução de 1,5% no trimestre, com um total de 12,0 milhões de trabalhadores, permanecendo estável em relação ao ano. A taxa de informalidade atingiu 38,9% da população ocupada, uma leve redução em relação ao trimestre anterior, que foi de 39,1%, e praticamente estável em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando registrou 39%.