Desvendando a falta de neve no Monte Fuji

Monte Fuji enfrenta um novembro sem neve, fenômeno que levanta questões sobre mudanças climáticas. Especialistas debatem a relação com o aquecimento global.

Imagem: Reprodução/Nathaniel St. Clair (no X)

Recentemente, uma imagem do Monte Fuji sem seu tradicional manto de neve chamou a atenção. Normalmente, a montanha, que é um dos ícones do Japão, começa a acumular neve no início de outubro. No entanto, já estamos em novembro e a neve ainda não apareceu. Essa é a primeira vez em 130 anos que o pico não apresenta neve tão tarde na temporada.

O recorde anterior era de 1955 e 2016, quando a neve apareceu em 26 de outubro. Os especialistas estão divididos; alguns apontam que a ausência de neve pode ser um sinal das mudanças climáticas, enquanto outros pedem cautela antes de afirmar uma relação direta.

O verão japonês de 2024 foi marcado como o mais quente da história, com temperaturas médias 1,76°C acima do normal. Essa situação dificultou a formação de ar frio necessário para a neve, já que outubro também foi um mês excepcionalmente quente.

Meteorologistas esperam que uma frente fria que chega após 6 de novembro traga a tão esperada neve. O Monte Fuji, localizado na ilha de Honshu e com 3.776 metros de altura, é um vulcão ativo com baixo risco de erupção e tem grande importância cultural e religiosa para os japoneses, além de ser um Patrimônio Mundial da Humanidade.