Neste último domingo, enquanto milhares de candidatos realizavam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, histórias de luta e superação se destacaram. Dentre elas, a determinação de Marli Cerqueira, mãe de um jovem com transtorno do espectro autista, chamou a atenção.
Na porta do campus da Estácio FIB, no bairro do Stiep, em Salvador, Marli compartilhou o propósito emocionante que a levou a encarar o exame: o desejo de se tornar terapeuta ocupacional para auxiliar diretamente seu filho e outras crianças que enfrentam desafios semelhantes.
Com as dificuldades para encontrar serviços adequados de terapia, neurologia e psiquiatria em Salvador, especialmente voltados para o transtorno do espectro autista, Marli viu no Enem a possibilidade de mudança.
“Meu motivo de fazer o Enem é devido à dificuldade que a gente vem enfrentando em Salvador. Nossos filhos autistas estão tendo dificuldades na área de terapia, neuro e psiquiatria. Eu quero ser uma terapeuta ocupacional, ajudar meu filho e as demais crianças”, relatou Marli, destacando a lacuna de profissionais especializados e o seu próprio chamado para a ação.
Este relato não é isolado e reflete uma realidade comum a muitas famílias que convivem com o autismo. Segundo informações do Portal ChicoSabeTudo, a busca por profissionais qualificados na área da saúde mental e terapias ocupacionais tornou-se uma questão crítica.
A história de Marli Cerqueira ressalta não apenas a jornada pessoal e desafios que muitos enfrentam, mas também a resiliência e esperança que motivam pais e responsáveis a perseguirem novos caminhos profissionais em prol de seus entes queridos.
