Numa semana marcada pelo otimismo no mercado internacional, o cenário financeiro brasileiro registrou um momento histórico: o dólar caiu para R$ 4,85, atingindo sua menor cotação do ano. Esse feito foi acompanhado por um leve avanço de 0,26% na bolsa de valores, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas.
A jornada para esta conquista financeira não foi linear. A cotação do dólar abriu em alta, mas logo após a abertura dos mercados norte-americanos, houve uma reviravolta, e a moeda começou a cair. A mínima do dia foi registrada às 11h45, com o dólar sendo negociado a R$ 4,83.
A situação se desenha ainda mais interessante ao observarmos o desempenho do dólar desde o início do ano. Apesar da queda significativa nesta sexta-feira, a moeda norte-americana acumulou uma valorização de 0,08% em janeiro, mantendo os investidores atentos às suas sutis oscilações.
Enquanto isso, no mercado de ações, a sessão foi de ganhos. O índice Ibovespa da B3 finalizou o dia aos 130.988 pontos. Esse aumento foi impulsionado principalmente por ações de petroleiras e mineiras, que se destacaram nesse cenário de recuperação. Apesar do desempenho positivo na sexta-feira, o Ibovespa encerrou a semana com uma perda acumulada de 0,72%.
O panorama global também influenciou o mercado brasileiro. Os Estados Unidos divulgaram dados econômicos contraditórios que agitaram o mercado. A inflação ao consumidor norte-americano, divulgada na quinta-feira, veio acima das expectativas, enquanto a inflação ao produtor, anunciada na sexta-feira, ficou abaixo do previsto. Essas informações geraram expectativas em relação às ações do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), com apostas iniciais de que o corte de juros só começaria em maio. No entanto, os dados mais recentes da inflação ao produtor sugerem que o Fed pode começar a cortar as taxas de juros já em março.
Essa possibilidade de redução nas taxas de juros nas economias avançadas tende a atrair capitais para países emergentes como o Brasil. Isso, por sua vez, contribui para a queda do dólar e o fortalecimento da bolsa de valores, criando um ambiente favorável para investidores e analistas econômicos.