A jornada por trás das câmeras de “Duna: Parte 2” revela não apenas o espetáculo visual que chegou aos cinemas, mas também os desafios enfrentados pela equipe para capturar a autenticidade de Arrakis, o desolado planeta-deserto que serve de cenário principal para a narrativa. Sob a direção de Denis Villeneuve, o elenco e a equipe técnica desbravaram as imponentes dunas do deserto de Abu Dhabi, especificamente no Oásis Liwa, dedicando quase um mês a criar as cenas que prometem transportar os espectadores para o coração da saga.
Villeneuve, em sua busca pela perfeição na representação da interação humana com a natureza selvagem de Arrakis, optou por um cenário real em vez de recorrer exclusivamente a construções de estúdio ou efeitos especiais. Esta decisão não apenas intensificou a experiência no set, mas também apresentou desafios logísticos significativos, levando a equipe a locais remotos, próximos à fronteira com a Arábia Saudita. O objetivo era captar a essência de um mundo onde as dunas podem alcançar a altura impressionante de 600 metros, recriando assim a vastidão desértica vital para a trama de “Duna”.
Ao longo de 27 dias, o elenco, composto por estrelas como Zendaya, Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, entre outros, e a equipe enfrentaram as condições adversas do deserto, centrando seus esforços em trazer para as telas a grandiosidade, a beleza e a brutalidade de Arrakis. Essa imersão no ambiente árido não foi apenas uma prova de resistência, mas também uma oportunidade de enriquecer cada cena com a veracidade que Villeneuve tanto valoriza.
A experiência adquirida em “Duna: Parte 1”, que também contou com cenas filmadas em locações desérticas, certamente contribuiu para a audácia do projeto, mas a ambição de Villeneuve em expandir a visão do mundo de Frank Herbert levou a equipe a ultrapassar novos limites. “Duna: Parte 2”, ao chegar aos cinemas, não apenas promete continuar a saga dos Atreides e sua luta pelo controle do recurso mais valioso do universo, mas também testemunha a dedicação e o compromisso da produção em criar uma obra que respeita e amplifica o legado do material original.
Ao trazer de volta o elenco aclamado do primeiro filme e introduzir novos personagens, o filme solidifica sua posição como um marco na ficção científica, mantendo-se fiel à essência da narrativa de Herbert. A decisão de filmar no deserto real, enfrentando os desafios inerentes a essa escolha, não apenas autentica a visão criativa de Villeneuve, mas também eleva a experiência cinematográfica para o público, permitindo que se capture, de forma tangível, a luta pela sobrevivência em um ambiente implacável.
