Especialistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, estão alertando para um novo fenômeno: a “economia da intenção”. Nessa nova economia, assistentes de inteligência artificial (IA) podem prever e influenciar as decisões das pessoas antes que elas mesmas percebam. Segundo o Dr. Jonnie Penn, essa nova abordagem surge após a economia da atenção e transforma as motivações humanas em algo que pode ser comercializado.
Esse mercado emergente pode ter consequências significativas para as eleições, a liberdade de imprensa e a concorrência econômica. Os pesquisadores indicam que a economia da intenção se desenvolve a partir da economia da atenção, identificando padrões de comportamento para prever futuras decisões.
Assistentes de IA poderiam vender essas “intenções” para empresas em tempo real, o que levanta preocupações éticas. O Dr. Yaqub Chaudhary enfatiza que as tecnologias atuais coletam dados mais íntimos, permitindo que as intenções humanas sejam tratadas como mercadorias. Os Grandes Modelos de Linguagem podem personalizar interações e persuadir decisões de compra, aumentando a lucratividade para anunciantes.
Indícios de que empresas como Microsoft, OpenAI e Nvidia estão investindo nesse novo conceito de mercado são evidentes, o que chama a atenção para a necessidade de regulamentação para proteger direitos fundamentais.