Educação e autismo: A luta de uma mãe por igualdade para que seu filho autista possa frequentar a escola em Olho D’água do Casado

A diretora da escola sugeriu que a criança fosse encaminhada para uma 'escola especializada' pois 'estava atrapalhando'

Em Olho D’água do Casado, uma mãe destemida, Clívia Araújo, usa as redes sociais como plataforma para compartilhar a luta que enfrenta diariamente, a fim de garantir que seu filho autista de 6 anos receba a mesma educação que outras crianças na região.

“Seu filho é louco” – frases dolorosas como essa foram dirigidas a Clívia, uma mãe amorosa que apenas busca o melhor para seu filho, que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Relatou que, “Tem gente que chega pra mim e diz: seu filho é louco. Isso Machuca”, disse a mãe da criança.

Em uma comunidade rural do município, onde o acesso à educação especializada pode ser escasso, a batalha de Clívia é um reflexo da necessidade urgente de sensibilização e inclusão. Relatos como o dela, onde no início do ano escolar, a diretora sugeriu que seu filho fosse encaminhado a uma “escola especializada” porque “estava atrapalhando”, revelam uma dura realidade.

Felizmente, com a ajuda da defensoria pública, foi garantida a Clívia uma cuidadora individual para seu filho. Contudo, após uma pausa inevitável de alguns meses, a volta à escola revelou outros desafios. Enfrentando a hostilidade de outros alunos e a negligência no uso de recursos dedicados ao seu filho, Clívia tomou a difícil decisão de afastá-lo temporariamente.

O apelo desesperado desta mãe na internet é um reflexo de uma mãe que tentou todos os meios tradicionais – falando com autoridades locais, desde a secretária de educação até o prefeito, passando por vereadores e a diretora da escola, mas que infelizmente, ainda não encontrou resolução.