Elon Musk gerou controvérsia no Reino Unido ao afirmar que os protestos e conflitos atuais no país poderiam resultar em uma guerra civil. Suas declarações provocaram reações adversas de autoridades e políticos britânicos. O secretário de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, criticou abertamente Musk, afirmando que ele é “a única pessoa que não presta contas a ninguém” e ressaltou a relevância de sua influência no discurso público, que se estende até questões internacionais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Em entrevista ao The Times, Kyle destacou a importância da relação entre o Reino Unido e grandes empresas de redes sociais, como o X, sugerindo que essa interação é comparável a negociações entre países. O governo britânico não se conteve em suas críticas, com um porta-voz do primeiro-ministro afirmando que não há justificativa para os comentários de Musk. A ministra dos tribunais, Heidi Alexander, também se manifestou, dizendo que aqueles que possuem plataformas nas redes sociais devem agir de maneira responsável e que associar os tumultos à guerra civil é inadequado.
Além disso, o governo britânico está em conversas com empresas de mídia social, incluindo TikTok e Meta, para reforçar a importância do combate à desinformação online. A recente aprovação da Lei de Segurança Online tem como objetivo aumentar a supervisão de conteúdos nocivos na internet, embora o regulador Ofcom ainda não tenha total capacidade de ação contra as empresas em relação a publicações que possam incitar tumultos.
Elon Musk continua a ser uma figura controversa, e suas declarações têm gerado um debate significativo sobre a responsabilidade nas redes sociais.
