De acordo com a recente projeção da consultoria Thymos, as tarifas de energia elétrica no Brasil terão um aumento médio de 4,8% em 2024. Esse índice, divulgado pela agência Reuters, sinaliza uma desaceleração nos reajustes, que nos últimos dois anos giraram em torno de 10%. A tendência para um aumento mais moderado é influenciada por múltiplos fatores, incluindo a performance do mercado de energia e a expansão de fontes renováveis no país.
O preço de referência no mercado spot, junto à performance encorajadora das fontes renováveis, tem guiado a expectativa para tarifas mais amenas. O Brasil, especialmente beneficiado por uma hidrologia favorável, observa níveis confortáveis em seus reservatórios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, um fator crucial na geração de energia hidrelétrica. Além disso, a expansão contínua das fontes eólica e solar reforça o sistema energético do país.
No entanto, apesar da previsão de reajuste ser mais baixa que nos anos anteriores, os consumidores ainda enfrentarão encargos adicionais. Itens como o aumento do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético e as consequências financeiras da “Conta Covid” na indústria energética serão refletidos nas contas de luz.
As tarifas variarão significativamente entre as regiões: enquanto a região Sul enfrentará o maior aumento, estimado em 7,6%, o Nordeste terá o menor reajuste, de apenas 1,95%. A situação é particularmente preocupante para o Norte e o Sudeste/Centro-Oeste, com aumentos estimados em 6,7% e 4,7%, respectivamente.
Diante desse cenário, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, manifestou preocupação e anunciou medidas mitigadoras, incluindo um aporte significativo de 350 milhões de reais destinados ao estado do Amapá, visando aliviar o impacto do aumento tarifário na região.