O setor de Geração Distribuída (GD) no Brasil tem vivenciado uma revolução em crescimento e potência. Com um investimento previsto de R$ 38 bilhões neste ano e um objetivo ousado de atingir 26GW de potência gerada até dezembro, há uma clara ascensão da energia renovável no país.
Um impressionante volume de 23 gigawatts (GW) foi alcançado na geração própria de energia elétrica, com a energia solar dominando o cenário, representando mais de 98% do total de GD. E não para por aí: eólica, biomassa e outros tipos de energia também estão fazendo sua contribuição.
A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) ressaltou que o Brasil agora faz parte do seleto grupo dos dez maiores produtores de energia solar do mundo. Essa expansão tem impactos diretos nas contas de luz dos consumidores, trazendo uma redução considerável no valor a pagar.
Mas, quais são os fatores que impulsionam esse crescimento? Segundo especialistas, o vasto território brasileiro e condições climáticas favoráveis têm desempenhado um papel crucial, especialmente na instalação de sistemas fotovoltaicos em residências e estabelecimentos comerciais.
Além das condições naturais, os avanços tecnológicos e incentivos do governo são essenciais para tornar a geração distribuída mais atrativa. Como resultado, há uma queda significativa nos custos associados à compra, instalação e manutenção dos equipamentos.
De fato, o aumento da demanda e do número de distribuidoras de equipamentos tem reduzido os preços, tornando a GD mais acessível para o consumidor médio. Segundo Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, o cenário competitivo atual é fruto de uma evolução ao longo do tempo.
O impacto da Geração Distribuída nas contas de energia não pode ser subestimado. Muitos consumidores, como Chrispim, experimentaram reduções drásticas em suas contas mensais após a instalação de sistemas de GD. De faturas mensais de R$ 800, alguns consumidores viram seus valores despencarem para R$ 120.
No entanto, há nuances a considerar. A legislação tributária de cada estado influencia a economia. Enquanto alguns estados cobram ICMS sobre a energia, outros, como Minas Gerais, isentam essa cobrança.
Além dos benefícios individuais, iniciativas como a da ONG Revolusolar visam levar a energia solar a comunidades carentes, democratizando ainda mais o acesso à energia limpa e renovável.
Mas como os consumidores podem embarcar nessa onda de GD? Tudo começa com a escolha de um instalador ou integrador qualificado para avaliar a demanda de energia e dimensionar adequadamente o sistema. Segundo o presidente da ABGD, é essencial equilibrar a geração com o consumo mensal.
No contexto de infraestrutura, a geração distribuída agora rivaliza com gigantes como a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Enquanto a GD atinge 23GW, Itaipu marca 14GW. E esta lacuna deverá se ampliar nos próximos anos.
Finalmente, a transição energética no Brasil é realçada pela ascendência da Geração Distribuída. Representando uma fonte renovável com emissão zero, a GD está pavimentando o caminho para um futuro mais verde e sustentável para o país.