Nos últimos anos, o crescente interesse por psicodélicos como LSD e psilocibina tem sido impulsionado por novas pesquisas e mudanças culturais acerca de suas propriedades terapêuticas. Mas como exatamente esses compostos agem no cérebro humano?
Usados historicamente em práticas espirituais, essas substâncias estão sendo estudadas por seus potenciais efeitos em condições como depressão e ansiedade. Os psicodélicos alteram a percepção e o humor ao interagir com receptores de serotonina, principalmente o 5-HT2A.
A ligação aos receptores de serotonina provoca uma hiperconectividade entre diferentes áreas cerebrais, resultando em experiências sensoriais intensificadas e na sensação de dissolução do ego. Essa última é percebida como uma conexão profunda com o universo, relacionada à diminuição da atividade na rede do modo padrão (DMN), que gerencia nossa identidade.
Além disso, os psicodélicos podem favorecer a neuroplasticidade, ajudando o cérebro a criar novas conexões e a se reorganizar. Pesquisas recentes mostram que a psilocibina pode ser eficaz contra a depressão resistente, enquanto o MDMA mostra resultados positivos no tratamento do TEPT, sinalizando um novo horizonte na terapia.