Entendendo o ‘rosto de Ozempic’: Impactos na saúde facial após o emagrecimento

O Ozempic, usado para tratar diabetes tipo 2, está associado a mudanças faciais em usuários que buscam emagrecimento rápido. Entenda as implicações.

O medicamento Ozempic, inicialmente desenvolvido para o tratamento de diabetes tipo 2, tem sido utilizado por alguns indivíduos como um método para perder peso, apesar das graves complicações associadas a esse uso inadequado. O fenômeno denominado “rosto de Ozempic” é uma consequência notável entre usuários que experimentam perda de peso acelerada devido ao medicamento.

De acordo com o dermatologista Otávio Macedo, o “rosto de Ozempic” não é um efeito direto do remédio em si, mas sim um resultado da rápida perda de gordura facial que acompanha a diminuição do peso corporal. Isso pode levar a uma aparência flácida da pele devido à perda de massa magra e colágeno. A semaglutida, princípio ativo do Ozempic, pode reduzir o apetite e causar náuseas, levando a um consumo calórico insuficiente e, consequentemente, à perda de massa muscular e gordura.

Macedo alerta sobre o uso indiscriminado do Ozempic, enfatizando que ele deveria ser reservado ao tratamento de condições específicas como diabetes e obesidade, não como um atalho para atingir ideais de beleza influenciados pelas redes sociais.

Para contrariar os efeitos do “rosto de Ozempic”, o especialista recomenda a reposição de colágeno e a manutenção de uma dieta equilibrada rica em proteínas, minerais, silício orgânico e vitamina C. Tratamentos estéticos que estimulam a produção de colágeno, como a radiofrequência e o ultrassom microfocado, são sugeridos para melhorar a firmeza da pele facial.

A importância da atividade física, especialmente a musculação, é sublinhada para evitar a perda de massa muscular. Tecnologias como o CMSlim são mencionadas como úteis no fortalecimento da musculatura, potencializando os benefícios do exercício físico.

Enquanto o Ozempic não foi associado a uma perda acentuada de cabelo em testes clínicos, o médico Bruno Lages observa que a queda de cabelo pode ser uma consequência indireta do estresse provocado por uma rápida perda de peso, especialmente quando combinado com dietas restritivas e mudanças significativas no estilo de vida.

A automedicação é fortemente desaconselhada, tanto por Lages quanto por Macedo, que enfatizam a necessidade de acompanhamento médico no uso de qualquer medicamento. O manejo correto da medicação e a supervisão de um profissional da saúde são essenciais para evitar riscos desnecessários à saúde.