Pesquisadores descobriram um novo critério que pode ser crucial na busca por exoplanetas habitáveis. Um estudo recente sugere que a entropia, um conceito termodinâmico que mede a desordem de um sistema, desempenha um papel significativo na determinação da habitabilidade de um planeta.
O estudo em questão, publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foi executado sob a direção de Luigi Petraccone, químico da Universidade de Nápoles. A pesquisa indica que uma alta entropia planetária pode ser um indicativo de que o astro tem potencial para abrigar vida.
A entropia está associada à quantidade de energia que entra e sai de um sistema, aumentando o nível de desordem e aleatoriedade. Nos seres vivos, a manutenção da ordem interna requer um fornecimento constante de energia, durante o qual materiais residuais são produzidos e energia é dissipada. Como resultado, ambientes com alta entropia são considerados favoráveis para a existência de vida.
A abordagem tradicional de avaliação da habitabilidade de exoplanetas geralmente foca na distância em relação à estrela hospedeira, composição atmosférica e outros fatores que implicam a presença de água líquida e condições climáticas estáveis. Este novo método, baseado na entropia, propõe uma maneira alternativa de analisar potenciais mundos habitáveis, permitindo que os cientistas direcionem melhor seus esforços de pesquisa sem a necessidade de um exame detalhado das características químicas e físicas de cada planeta.
O conceito de entropia se soma às ferramentas existentes para astrônomos e astrobiólogos, agregando um novo filtro por meio do qual exoplanetas podem ser examinados. Se confirmado por mais pesquisas, o critério de entropia poderia simplificar o processo de identificação de planetas que mais provavelmente sustentariam vida complexa e dinâmica, otimizando a busca por outros mundos habitáveis no vasto universo.