Recentemente, uma explosão incrível no lado escondido do Sol lançou uma massiva onda de energia e partículas chamada ejeção de massa coronal (CME) direto para Mercúrio. Essa tempestade solar não é somente um espetáculo cósmico, mas também um aviso da poderosa natureza do Sol.
O impacto em Mercúrio
O Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), um projeto da NASA, capturou o momento em que um enorme filamento de plasma explodiu, espalhando-se por cerca de 600 mil km. Não demorou muito para que Mercúrio, nosso vizinho mais próximo do Sol, sentisse os efeitos. A proximidade com o Sol significa que Mercúrio é frequentemente atingido por essas tempestades, o que devastou sua atmosfera ao longo do tempo. Sem proteção, a superfície de Mercúrio fica totalmente exposta a esses eventos solares.
Quando as rápidas partículas atingem Mercúrio, elas perdem velocidade abruptamente. Esse processo faz com que liberem energia sob a forma de raios-X. Da Terra, cientistas conseguem detectar essas emissões como uma espécie de aurora invisível aos olhos, mas registrável por instrumentos especiais.
A conexão com o ciclo solar
Essas tempestades não são apenas fenômenos isolados. Elas indicam que o pico do ciclo solar de 11 anos, conhecido como máximo solar, pode estar se aproximando mais cedo do que esperávamos. Durante esse período, o Sol se torna particularmente ativo, o que pode significar mais desses eventos no futuro.
Um dos desafios enfrentados pelos pesquisadores é o monitoramento do lado oculto do Sol. Esse é o local de onde podem surgir tempestades solares sem aviso prévio. Porém, uma estratégia para observar essas regiões invisíveis da Terra é usar o rover Perseverance em Marte. Esse método funciona quando Marte e a Terra estão posicionados de maneiras que permitem uma visão do outro lado do Sol, oferecendo uma visão exclusiva que não temos daqui.
Eventos como a recente tempestade solar que atingiu Mercúrio servem como um lembrete fascinante da dinâmica e poderosa natureza do nosso Sol. Eles nos ajudam a entender melhor como esses fenômenos cósmicos podem afetar não apenas os planetas do Sistema Solar, mas também a própria Terra.