No último trimestre encerrado em janeiro de 2024, o Brasil registrou uma taxa de desemprego estável, mantendo-se em 7,6% de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado demonstra uma manutenção no número de desempregados, que permaneceu em 8,3 milhões, quando comparado ao trimestre móvel anterior de 2023 (agosto a outubro).
Observando-se o período equivalente do ano anterior (novembro a janeiro), nota-se uma diminuição da taxa de desocupação de 0,7 pontos percentuais, passando de 8,4% para os atuais 7,6%. Além disso, o trimestre trouxe um leve aumento na população ocupada, crescendo 0,4% e alcançando um total de 100,593 milhões de pessoas empregadas.
O percentual da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar também apresentou leve variação, estabilizando-se em 57,3%, o que representa um aumento de 0,6 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Setores como Transporte, armazenagem e correio; Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas; e Outros serviços foram os principais responsáveis por esse aumento, enquanto a Agricultura e atividades relacionadas registraram uma diminuição significativa.
No que tange ao setor privado, houve um aumento notável no número de trabalhadores com carteira assinada, crescendo 0,9% em comparação com o último semestre de 2023, totalizando um acréscimo anual de mais de 1,1 milhão de empregados, ou 3,1%. O setor público manteve-se estável no trimestre, porém observou-se um crescimento anual de 2,7%.
Quanto aos rendimentos, houve um aumento de 1,6% no rendimento real habitual dos trabalhadores no trimestre, com um salário médio de R$ 3.078. O rendimento real habitual alcançou um novo pico na série histórica, com um aumento anual de 3,8%. Esse crescimento foi mais evidente nos setores de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, além de Serviços domésticos.
A massa de rendimento real habitual também experimentou um crescimento, atingindo R$ 305,1 bilhões, o que representa um aumento de 2,1% em relação ao trimestre anterior e de 6,0% na comparação anual, marcando um novo recorde desde o início da série histórica em 2012.