Estudo revela como terremotos geram grandes pepitas de ouro no quartzo

Estudo revela que terremotos fraturam rochas e geram cargas elétricas, levando à formação de pepitas de ouro.

Imagem: Aleksandrkozak/Shutterstock

Um novo estudo esclareceu os mecanismos por trás da formação de grandes pepitas de ouro, um mistério que intrigava pesquisadores há décadas. O ouro se forma naturalmente no quartzo, o segundo mineral mais abundante na crosta terrestre, após o feldspato.

Essas pepitas são frequentemente encontradas em veios de quartzo, que são fissuras em rochas ricas em ouro, frequentemente preenchidas por fluidos hidrotermais que emergem das profundezas da crosta. Embora o ouro devesse se dispersar uniformemente ao longo dessas rachaduras, a concentração em pepitas grandes sempre foi um enigma.

Os pesquisadores identificaram duas pistas principais. Primeiro, as maiores pepitas estão frequentemente associadas a depósitos de ouro orogênicos, que se formam durante terremotos. Em segundo lugar, o quartzo é um mineral piezoelétrico, capaz de gerar uma carga elétrica em resposta ao estresse geológico, como o provocado por sismos.

Durante os terremotos, as rochas são fraturadas, permitindo que os fluidos hidrotermais se infiltrem nos veios de quartzo, carregando ouro dissolvido. Simultaneamente, a carga elétrica gerada pelo quartzo faz com que o ouro precipite e solidifique. Para validar essa hipótese, os cientistas realizaram simulações em laboratório, onde submergiram cristais de quartzo em uma solução de ouro e replicaram ondas sísmicas. Os resultados mostraram que, sob estresse geológico, o quartzo pode gerar voltagens suficientes para precipitar o ouro.