Um efeito colateral bastante inusitado foi recentemente vinculado ao uso de cigarros eletrônicos, conhecidos também como vapes. Além dos já conhecidos problemas como dor de cabeça, espirros e náusea, um levantamento realizado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido, com dados coletados até fevereiro deste ano, apontou um novo sintoma entre os usuários: um aumento nas flatulências. Este fenômeno foi identificado após a análise de 1.009 relatos de efeitos adversos.
Os cigarros eletrônicos, apesar de sua popularidade crescente, têm sido motivo de preocupação para a saúde pública. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou um estudo que mostra um aumento de 1,79 vez na probabilidade de infarto para usuários destes dispositivos. No Brasil, quase 3 milhões de pessoas são usuárias regulares de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), mesmo com a venda e comercialização proibidas desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Recentemente, uma consulta pública realizada pela Anvisa, entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, revelou que 59% dos participantes se mostraram a favor da utilização desses dispositivos. No entanto, a SBC alerta para os riscos de intoxicação, especialmente por ingestão acidental ou contato com a pele, em casos de vazamento do líquido contido nos vapes.
Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e o Food and Drug Administration (FDA) reportam um aumento nos casos de lesão pulmonar aguda grave associada ao uso desses produtos desde 2019.