Estudo revela: humanidade quase extinta há 900 mil anos antes de migração em massa

Estudo revela: Humanidade quase extinta há 900 mil anos, evento seguido por vasta migração.

extinção

Um mergulho profundo na história da humanidade é sempre uma jornada fascinante, repleta de mistérios e revelações surpreendentes. Recentemente, pesquisadores trouxeram à luz mais uma peça desse complexo quebra-cabeça: um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que, há cerca de 900 mil anos, nossos antepassados enfrentaram um evento que quase os levou à extinção.

Imaginem por um momento, a Terra com apenas cerca de 1.300 hominídeos caminhando por ela. Parece algo tirado de uma obra de ficção, não é mesmo? Pois bem, análises genéticas indicam que essa foi a realidade enfrentada por nossos ancestrais. Uma fascinante revelação que sugere que a diversidade genética humana moderna poderia ser quase dois terços maior não fosse por esse período de quase extinção.

Este cenário pré-histórico dramático se deveu, em grande parte, às transformações climáticas. A primeira grande era glacial do Pleistoceno, que ocorreu justamente há 900 mil anos, criou condições extremas em locais como a Europa, tornando a sobrevivência uma tarefa quase impossível para os hominídeos que lá viviam. Ao mesmo tempo, a África enfrentava secas severas, tornando o continente um local inóspito para nossos antepassados.

Mas, como bem sabemos, a história da humanidade é também uma história de resiliência e adaptação. Os registros indicam que esse evento catastrófico impulsionou uma das mais significativas migrações em massa da nossa espécie. Com o nível do mar mais baixo, os sobreviventes encontraram um caminho para fora da África, em busca de condições mais favoráveis para a vida.

Curiosamente, apesar da gravidade desse evento e de sua importância para a sobrevivência e evolução humana, os hominídeos que enfrentaram essa era glacial não deixaram marcas genéticas significativas nos humanos modernos, ao contrário de outras migrações, como a que ocorreu há 100 mil anos, contribuindo com elementos dos neandertais e denisovanos ao nosso genoma.

A descoberta destaca não apenas o quão perto a humanidade esteve de desaparecer, mas também como eventos catastróficos podem moldar a trajetória evolutiva de uma espécie. É uma lição sobre a tenacidade da vida e sobre como, mesmo nas condições mais adversas, nossos ancestrais lutaram para garantir nosso lugar na Terra.