Salvador foi apontada como a capital mais pobre do Brasil, de acordo com o estudo “Mapa da Desigualdade entre as Capitais”, realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) com apoio da União Europeia e da Frente Nacional de Prefeitos. A cidade possui o maior percentual de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a US$ 1,9 por dia (R$ 10,90), o que equivale a mais de 11% da população local. Esse número corresponde a mais de 270 mil pessoas vivendo com menos de um quarto do salário mínimo.
Além da baixa renda, Salvador também apresenta o pior Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre as capitais brasileiras, com R$ 20,4 mil. A cidade também lidera o ranking de desocupação, com uma taxa de 16,7%, o que significa que mais de 400 mil pessoas estão sem trabalho, segundo dados do Censo 2022.
Outro dado alarmante é o índice de desnutrição infantil. Cerca de 4,03% das crianças menores de 5 anos em Salvador estão desnutridas, quase o dobro de Belém (PA), que ocupa o segundo lugar com 2,19%. Além disso, 88% dos moradores de Salvador estão inscritos no Cadastro Único para programas sociais.
A Prefeitura de Salvador vem desenvolvendo medidas para combater essas desigualdades, como o programa Vida Nova, que envolve um pacote de 25 ações sociais com um investimento de R$ 200 milhões. A cidade também aumentou o orçamento em educação para R$ 2,7 bilhões e ampliou sua cobertura em saúde básica para quase 70%.