Exploração infantil: Brasil liberta 702 crianças do trabalho infantil nos primeiros 4 meses de 2023

O Brasil intensifica a luta contra o trabalho infantil, resgatando 702 crianças em apenas quatro meses de 2023. Leia para entender mais sobre esse progresso crucial.

BRASÍLIA – Em uma conferência realizada nesta segunda-feira (12), dia que marca o Dia Mundial e Nacional contra o Trabalho Infantil, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou que, de janeiro a abril de 2023, 702 crianças e adolescentes foram resgatadas do trabalho infantil no Brasil. Essas informações são uma contribuição crucial da Agência Brasil no esforço coletivo para aumentar a conscientização sobre essa questão premente.

Perfil das vítimas

Os dados divulgados revelam detalhes preocupantes sobre as crianças envolvidas. Do total de resgates, 100 (14%) eram crianças com até 13 anos de idade, 189 (27%) tinham entre 14 e 15 anos e 413 (59%) eram adolescentes de 16 e 17 anos. Quando se trata de gênero, 140 (20%) eram meninas, enquanto a grande maioria, 562 (80%), eram meninos.

Estados em destaque

Além disso, a análise também destacou os estados com mais registros de crianças e adolescentes encontrados em situação de trabalho infantil durante o primeiro quadrimestre do ano. O Espírito Santo lidera o ranking com 38 adolescentes entre 15 e 17 anos, seguido por Roraima com 23 adolescentes de 13 a 17 anos, Alagoas com 19 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos e Ceará, com 14 jovens de 15 a 17 anos.

Setores mais problemáticos

A pesquisa também identificou os setores onde a exploração infantil é mais prevalente. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, bem como serviços de alojamento e alimentação, foram identificados como os principais setores em que as crianças e adolescentes resgatados estavam empregados.

Essas estatísticas são um lembrete de que, apesar dos progressos, ainda temos um longo caminho a percorrer para erradicar o trabalho infantil em todas as suas formas. O Brasil está dando passos significativos para alcançar esse objetivo, mas esses números destacam a necessidade contínua de vigilância, conscientização e ação coletiva.