Fórmula E em SP: emoção, alta velocidade e inovação elétrica

Fórmula E em SP emociona com vitória de Sam Bird sob calor intenso. Tecnologia elétrica brilha em carros de até 322 km/h.

Fórmula E

No último sábado, a cidade de São Paulo foi palco de um evento que combinou emoção, velocidade e inovação. O sambódromo do Anhembi recebeu uma etapa da Fórmula E, uma competição de automobilismo totalmente elétrica, cujos veículos impressionam pela capacidade de alcançar até 322 km/h. Mas não é só a rapidez que chama a atenção, o som suave e agradável desses carros também marca a experiência de quem os vê de perto.

A corrida contou com 34 voltas emocionantes, com um tempo médio de 1:16 por volta. Sam Bird, piloto da equipe McLaren, levou a melhor após uma ultrapassagem de tirar o fôlego nas últimas curvas, mesmo com apenas 15% de bateria restante. Este momento de alta tensão demonstrou não só a habilidade do piloto britânico, mas também a estratégia e a inovação tecnológica por trás da Fórmula E.

James Barclay, da equipe Jaguar, destacou o caráter competitivo da temporada, embora a equipe tenha liderado inicialmente, Nick Cassidy abandonou a prova, e Mitch Evans terminou em segundo lugar. Apesar disso, Cassidy manteve a liderança do campeonato, e a Jaguar continua na frente no campeonato de construtores.

Tecnologia Além das Pistas

A Fórmula E vai muito além das baterias de carros elétricos. O monoposto GEN3, o modelo mais veloz e avançado até agora, coloca esses carros quase no mesmo patamar de velocidade de um carro de Fórmula 1. Essa proeza é possível graças a uma série de inovações tecnológicas detalhadas:

  • As baterias de íons de lítio, desenvolvidas pela Williams Advanced Engineering, têm capacidade para armazenar até 51 kWh de energia – o suficiente para alimentar aproximadamente 500 laptops ou 6.500 baterias de smartphones.
  • O sistema de transmissão desses veículos inclui o motor, caixa de câmbio e inversor, sendo áreas de livre desenvolvimento pelas fabricantes. Um dos aspectos mais críticos é o inversor, que ajusta a energia entre a bateria e o motor elétrico, garantindo eficiência e potência.
  • A recuperação de energia durante a frenagem, usando o conceito de “lift and coast”, é fundamental para estender a autonomia da bateria durante a corrida. Esta tecnologia permite recuperar até 600 kW de potência.
  • O software desempenha um papel crucial na GEN3, representando cerca de 80% do desempenho, segundo o atual campeão Jake Dennis. A precisão na configuração e o ajuste do software podem determinar o sucesso ou fracasso em uma corrida.

A etapa de São Paulo da Fórmula E não foi apenas um espetáculo de alta velocidade e emoção, mas também uma vitrine do que a tecnologia elétrica é capaz de oferecer ao mundo do automobilismo. À medida que essas inovações continuam a se desenvolver, o futuro das corridas promete ser não só mais sustentável, mas incrivelmente emocionante.