Geleiras do Ártico canadense são essenciais para o ecossistema e pesquisa científica

Geleiras na Ilha Ellesmere são essenciais para o ecossistema polar e pesquisas científicas.

Quarteto de galerias faz parte de uma rede de milhares de geleiras na IlhaEllesmere. (Créditos da imagem: NASA Earth Observatory/EO-1)

Uma imagem de satélite capturada em 2012 destaca quatro geleiras quase idênticas na Ilha Ellesmere, no Canadá. Conhecidas como Nukapingwa, Arklio, Perkeo e Midget, essas geleiras se estendem por cerca de 3,2 quilômetros de comprimento e 600 metros de largura. Situadas ao longo da crista norte do Vale Oobloyah, elas desempenham um papel fundamental no ecossistema polar, servindo como fonte de umidade para uma vegetação resistente que é crucial para diversas espécies de fauna ártica.

A Ilha Ellesmere, a décima maior do mundo, enfrenta condições climáticas extremas, onde as temperaturas variam de 3,3 graus Celsius no verão a -38 graus Celsius no inverno. O derretimento sazonal dessas geleiras é vital, pois a água gerada sustenta a vegetação que alimenta animais como lebres, bois-almiscarados e lobos.

Cientistas têm utilizado as morenas, áreas onde os sedimentos ficam expostos devido ao recuo das geleiras, como laboratórios naturais. Um estudo realizado em 2013 na região da geleira Arklio demonstrou que plantas como a Epilobium latifolium e o Salix arctica conseguem se estabelecer rapidamente em terrenos desnudados.

No entanto, as mudanças climáticas estão acelerando o derretimento das geleiras, levantando preocupações sobre a futura disponibilidade de água, fundamental para o ecossistema local.