Bahia, o estado brasileiro com a maior extensão litorânea e um importante entroncamento rodoviário, se torna um cenário favorável para o tráfico de drogas e armas. O fluxo ilícito se intensifica pelas rodovias que cortam o território, revelando uma problemática ligada à segurança pública.
Rodovias: Principais vias de entrada
Segundo o advogado especialista em ciências criminais, Luiz Henrique Requião, as rodovias são o principal canal para a entrada de drogas na Bahia. O estado é cortado pelas duas maiores rodovias do país: a BR-116 e a BR-101, além da BR-324 que dá acesso ao interior, incluindo Feira de Santana, um grande entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste.
Estatísticas alarmantes
Somente neste mês de setembro, a Bahia registrou ao menos 68 mortes em confrontos, a maioria delas envolvendo suspeitos de crimes. Em 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu quase 10 toneladas de drogas nas rodovias do estado, marcando um aumento significativo em relação aos anos anteriores.
Distribuição e consumo
“A localização geográfica da Bahia favorece o tráfico, tanto para distribuição quanto para consumo dentro do próprio estado”, destacou Requião. Ele também menciona que o estado é um ponto estratégico para redistribuição de entorpecentes para outros estados e até mesmo para outros continentes, como a África e a Europa.
Ações das forças de segurança
O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, reconheceu a gravidade da situação e informou que estão sendo realizadas ações pontuais para conter a violência. Recentemente, a SSP-BA e a Polícia Federal formaram uma parceria para combater o crime organizado, resultando na criação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO).
O desafio da segurança pública
Apesar dos esforços das autoridades, o número de drogas apreendidas no estado tem aumentado nos últimos cinco anos. A Receita Federal, responsável por fiscalizar portos e aeroportos, encontrou 36 toneladas de entorpecentes em 2022.
As informações são do Portal ChicoSabeTudo.