Em uma semana marcada por demissões em empresas de tecnologia, o Google desligou dezenas de profissionais de sua divisão de notícias, o Google News. O ocorrido gera preocupações, uma vez que acontece em um momento sensível para plataformas online e editores, além de ocorrer em meio a conflitos globais que já mataram milhares.
Corte na equipe
Um porta-voz do Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet estimou que entre 40 a 45 funcionários do Google News foram demitidos, embora o número exato ainda seja incerto. O Google confirmou as demissões, mas não revelou um número preciso. Em declaração oficial, o porta-voz da empresa afirmou: “Estamos profundamente comprometidos com um ecossistema de informações vibrante. Um pequeno número de funcionários foi afetado e estamos apoiando todos com um período de transição, serviços de recolocação e indenização”.
Importância da plataforma
O Google News serve como um agregador de links para artigos de milhares de editoras e revistas, sendo uma ferramenta fundamental para usuários em busca de notícias. As demissões ocorrem em um período delicado, durante o conflito entre Israel e o Hamas, e 20 meses após a invasão da Rússia à Ucrânia. Ambos os eventos intensificaram a disseminação de desinformação na internet.
Sem impacto na qualidade, afirma Google
“Essas mudanças internas não têm impacto em nosso trabalho de combate à desinformação e na qualidade das informações no News,” garantiu o porta-voz do Google.
Contexto global
Enquanto isso, empresas de tecnologia reforçam suas equipes de moderação de conteúdo para combater a desinformação. Paralelamente, o Canadá e outros países estão avaliando leis que exigiriam que as plataformas de tecnologia compensassem os editores de notícias por seu trabalho.
Demissões recorrentes
Os cortes na equipe do Google News seguem uma série de demissões que têm acontecido na empresa. Em janeiro, foram cortados 12.000 empregos, afetando cerca de 6% da força de trabalho. No último mês, centenas de posições foram eliminadas na organização de recrutamento da empresa.
“Essas são algumas das pessoas mais talentosas e brilhantes com as quais já feira, e estamos definitivamente piores sem elas”, escreveu um engenheiro de equipe do Google News no LinkedIn.