Na última sexta-feira (21), o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, publicou uma Nota Técnica com novas diretrizes para a administração de vacinas contra a dengue cujo prazo de validade expira entre junho e julho de 2024. A medida visa garantir que doses próximas do vencimento sejam utilizadas de maneira eficiente.
Conforme o documento, as doses prestes a vencer devem ser redirecionadas para municípios que ainda não foram contemplados com o imunizante ou para a ampliação da faixa etária atendida. Atualmente, a vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, grupo que apresenta o maior número de internações por dengue, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estratégia exige que estados e municípios relatem o plano adotado ao Ministério da Saúde para assegurar que quem receber a primeira dose tenha acesso à segunda. A pasta informou que adquiriu todas as doses oferecidas pela farmacêutica Takeda, responsável pelo imunizante Qdenga, mas devido à quantidade limitada, a vacinação está restrita a 521 municípios neste ano.
Essa não é a primeira vez que o governo adota essa estratégia; vacinas com vencimento em abril já haviam sido redistribuídas. A medida também busca lidar com os efeitos do movimento antivacina, intensificado durante a pandemia de Covid-19.
O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue sem precedentes, com mais de seis milhões de casos prováveis e mais de quatro mil mortes registradas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.