Hoje, 17 de maio, celebramos o Dia Mundial da Hipertensão Arterial – uma data que nos lembra dos perigos silenciosos e, muitas vezes, esquecidos, dessa condição crônica. O Ministério da Saúde recentemente revelou um panorama preocupante sobre a hipertensão no Brasil: 32% dos adultos brasileiros vivem com a doença, e a maior prevalência ocorre entre as mulheres, onde 26,2% são afetadas.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), ou pressão alta, como é popularmente conhecida, é uma doença crônica que se manifesta quando a pressão arterial se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Embora possa parecer inofensiva à primeira vista, se não controlada, a HAS pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal.
Um detalhe intrigante surge ao analisarmos mais de perto os dados. Nas capitais brasileiras, Salvador está em quinto lugar no número de mulheres hipertensas (29%), atrás apenas de Vitória e Rio de Janeiro (30%), Recife (32%) e Belo Horizonte (33%), de acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Mas, o que chama a atenção é o fato de que a hipertensão, particularmente em mulheres, muitas vezes se desenvolve silenciosamente, tornando-se mais evidente após a menopausa.
O médico ginecologista, Dr. Jorge Valente, explicou que a prevalência elevada de hipertensão em mulheres pós-menopausa ocorre devido à diminuição de estrogênio durante o climatério. Fatores adicionais, como histórico familiar, doenças autoimunes, obesidade, diabetes e tabagismo também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Embora essas estatísticas possam parecer alarmantes, há passos que podemos seguir para controlar e até prevenir a hipertensão. Dr. Valente recomenda a adoção de um estilo de vida saudável, que inclui a ingestão de alimentos nutritivos, a prática regular de exercícios físicos e a manutenção da hidratação adequada.
O cenário atual do Brasil frente à hipertensão arterial requer nossa atenção imediata. No Dia Mundial da Hipertensão, precisamos ampliar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do controle eficaz da pressão arterial, principalmente entre as mulheres pós-menopausa.
A saúde é nosso bem mais valioso e protegê-la requer tanto ações individuais quanto coletivas. Juntos, podemos enfrentar o desafio da hipertensão e construir um futuro mais saudável.
Cuide-se, informe-se, faça a diferença!