Historiador descobre gravuras rupestres em Tucano, Bahia

Gravuras rupestres foram encontradas por André Carvalho em Tucano, Bahia, promovendo discussões sobre sua preservação.

Foto: Reprodução / Bahia Notícias / André Carvalho

Um achado inesperado em Mariza

Em 10 de agosto, na localidade de Mariza, em Tucano, Bahia, o historiador André Carvalho se deparou com gravuras rupestres que oferecem novos insights sobre as civilizações antigas. A descoberta ocorreu acidentalmente durante uma trilha que ele realizava para o programa ‘Panela de Bairro’ com um casal, com o intuito de explorar as belezas turísticas da área.
Após notar inscrições feitas por turistas nas rochas, André fez uma segunda visita à trilha e, em um evento inesperado, entrou em uma fazenda onde encontrou as marcas nas paredes de rochas. O autor da descoberta analisou os sinais e, com a ajuda de colegas arqueólogos, confirmou que se tratavam de símbolos antigos e não contemporâneos.
A localização isolada das gravuras pode ter contribuído para sua preservação. André não só documentou as imagens, como também abriu um protocolo no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para assegurar a preservação e viabilizar estudos futuros sobre o local.
Com o respaldo de Carlos Alberto Etchevarne, professor da Universidade Federal da Bahia, as gravuras foram reconhecidas como representações típicas do folclore rupestre da Bahia. “Essas gravuras têm potencial para atrair turismo e enriquecer o entendimento sobre os povos que habitaram a região”, disse Etchevarne. O professor destacou que é crucial envolver a população local nesse processo de preservação.
Contudo, o protocolo n.º 72020.001903/2024-66 apresentou atrasos que podem dificultar a preservação e estudos subsequentes, segundo a ouvidoria do Iphan.

Impactos culturais e turísticos

Essas gravuras são vistas como uma grande oportunidade para confirmar a relevância cultural da região. Carvalho e o arqueólogo Etchevarne concordam que a preservação deve ser um trabalho conjunto com a comunidade, uma vez que a decisão e o cuidado sobre os artefatos devem envolver os moradores para que possam engajar na proteção e desenvolvimento do turismo local.