Já pensou em encontrar um planeta parecido com a Terra em outro sistema solar? Pois a inteligência artificial (IA) pode estar tornando isso possível! Cientistas europeus criaram um algoritmo que usa aprendizado de máquina para identificar estrelas que podem abrigar planetas rochosos como o nosso.
A grande sacada é que esses planetas estariam localizados na “zona habitável”. Sabe o que isso significa? Condições que podem permitir o surgimento de vida, como a gente conhece! A pesquisa foi liderada pela astrônoma Jeanne Davoult, lá do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
Funciona assim: o algoritmo foi treinado com dados simulados, criados pelo Modelo de Berna. Esse sistema gera milhares de cenários planetários artificiais. O objetivo era ensinar a IA a reconhecer padrões que indicassem a presença de planetas que pudessem ser habitáveis. Um verdadeiro caçador de planetas!
E os resultados foram incríveis! Depois de ser treinado em mais de 53 mil sistemas simulados, o modelo acertou até 99% das vezes ao prever quais estrelas tinham mais chances de ter planetas do tamanho da Terra. A massa, o raio e o período orbital do planeta mais interno de cada sistema são alguns dos principais indicadores.
Por exemplo, Jeanne Davoult descobriu que, em volta de estrelas parecidas com o nosso Sol, a chance de ter um planeta como a Terra na zona habitável é maior se o raio do planeta detectável mais interno for maior que 2,5 vezes o raio da Terra, ou se tiver um período orbital maior que 10 dias. E olha só que curioso: sistemas com planetas gigantes gasosos externos, tipo Júpiter, parecem ter mais chances de ter planetas rochosos internos também!
Agora, com 44 candidatas identificadas, os astrônomos podem usar seus telescópios para focar em alvos promissores, poupando tempo e dinheiro. E essa é só a ponta do iceberg! No futuro, o algoritmo será usado com os dados da missão PLATO, da Agência Espacial Europeia, que promete achar milhares de novos planetas fora do nosso sistema solar.