IA revela origem da psicose no cérebro e abre caminho para novos tratamentos

Nova pesquisa usa IA para desvendar origem da psicose no cérebro, prometendo avanços no tratamento.

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Entendendo a Psicose com Ajuda da Inteligência Artificial

A psicose é um estado mental onde distinguir a realidade da fantasia se torna um grande desafio. Afetadas por delírios e alucinações, as pessoas com esse distúrbio convivem com uma realidade distorcida. Apesar das muitas pesquisas, desvendar as raízes desse transtorno no cérebro tem sido um enigma para a ciência. Recentemente, um avanço significativo foi alcançado graças à inteligência artificial (IA), que descobriu padrões cerebrais chave na origem da psicose.

Publicado na revista Molecular Psychiatry, um estudo inovador se voltou para a compreensão da psicose desde a infância, mirando em melhores diagnósticos e tratamentos. Os pesquisadores focaram na síndrome de deleção 22q11.2, também conhecida como Síndrome de DiGeorge, caracterizada pela perda de parte do cromossomo 22. Esta condição genética aumenta o risco de várias complicações, incluindo psicose, além de TDAH, autismo e problemas cardíacos.

O estudo analisou os cérebros de quase 900 pessoas, abrangendo indivíduos com a Síndrome de DiGeorge, com e sem psicose, além de participantes com outros diagnósticos como autismo e TDAH, variando entre 6 e 39 anos. A inclusão de grupos variados permitiu aos pesquisadores isolar padrões cerebrais associados à psicose.

O próximo passo dessa pesquisa é explorar como as áreas cerebrais ligadas à psicose reagem aos tratamentos atuais, como a estimulação cerebral. Também há um interesse crescente em entender o impacto dos medicamentos antipsicóticos nessas áreas específicas do cérebro. Este estudo abre novas portas para o tratamento da psicose, prometendo avanços significativos na maneira como lidamos com esse complexo transtorno mental.