De acordo com o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, a Bahia aparece em segundo lugar no ranking dos estados com maior número de pessoas vivendo em domicílios improvisados. Aproximadamente 13.654 pessoas residiam em condições inadequadas no estado, o que representa 0,10% da população baiana. Essas moradias incluem edificações sem dependências exclusivas para habitação, como estruturas comerciais ou industriais degradadas, locais inacabados, além de espaços públicos como calçadas, praças, viadutos e abrigos, além de estruturas móveis, como veículos e barracas.
O IBGE ressaltou que, embora o percentual de pessoas vivendo em domicílios improvisados na Bahia seja relativamente pequeno, o número absoluto de moradores nesta condição só é superado pelo de São Paulo, estado mais populoso do Brasil. Em São Paulo, 42.066 pessoas viviam em moradias improvisadas, o que corresponde a 0,09% da população total. Esses números revelam um quadro preocupante de habitação precária em alguns dos estados mais populosos do país.
Ainda segundo o Censo, o total de pessoas vivendo nessas condições na Bahia supera a população de 154 dos 417 municípios do estado, ou seja, 36,9% das cidades baianas possuem menos habitantes do que o número de pessoas em domicílios improvisados. Entre esses municípios estão Rio de Contas (13.184 habitantes), Lençóis (10.774 habitantes) e Pau Brasil (9.370 habitantes). Em termos nacionais, cerca de 160.485 pessoas, ou 0,08% da população total, viviam em domicílios improvisados, indicando que o problema não se restringe apenas aos estados mais populosos, mas afeta o país como um todo.