Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras receberam, em média, 20,8% a menos que os homens no quarto trimestre de 2023. Especificamente, enquanto eles receberam R$ 3.233 em seu trabalho principal, as mulheres ganharam R$ 2.562. Embora a diferença tenha diminuído levemente em comparação com o ano anterior, quando a disparidade era de 22,3%, a lacuna salarial ainda é uma realidade contundente.
O país encerrou o ano com um rendimento médio real de R$ 3.032, indicando uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas ainda assim representando um crescimento de 3,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A análise regional mostra que, enquanto a região Norte experimentou um crescimento salarial, outras regiões mantiveram-se estáveis, destacando as variações geográficas dentro do país.
Além disso, o Brasil alcançou um marco histórico em 2023, com a população ocupada atingindo um recorde de 100,7 milhões de pessoas, um aumento de 3,8% em relação a 2022. Este aumento foi observado em 22 unidades federativas, com destaque para o Amapá, Alagoas e Goiás, contrastando com o Nordeste, que não atingiu seu pico histórico de trabalhadores ocupados.
A massa de rendimento, que reflete o total de recursos disponíveis para os trabalhadores movimentarem a economia, também viu um aumento, chegando a R$ 301,6 bilhões, um acréscimo de 5% em comparação com o ano anterior. Esse crescimento é um indicativo positivo para a economia, mostrando um potencial aumento na capacidade de consumo, investimento e poupança por parte da população.
No entanto, a pesquisa também destaca desafios persistentes, como o tempo de procura por trabalho. Quase metade da população desocupada levou de um mês a um ano para encontrar emprego, enquanto 22,3% buscavam trabalho há dois anos ou mais.