Impacto da seca na Bahia: Desafios no agronegócio e a economia

Entenda como a seca afeta a economia e o agronegócio baiano

A Bahia enfrenta uma das piores secas desde 1980, com severas consequências para o setor agropecuário e a economia. Este fenômeno climático tem provocado desafios significativos, afetando a geração de emprego e elevando os preços de itens básicos como leite, café e carne.

Exportações e produção em queda

Dados da Secretaria de Comércio Exterior indicam uma queda de 39% nas exportações baianas em agosto deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. A pecuária, essencial para a produção de carnes, leite, e outros produtos, sofreu severamente, com milhares de cabeças de gado perdidas por falta de recursos básicos. A região semiárida, que compõe a maior parte do território estadual, é a mais afetada.

Alerta da FAEB

A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB) ressalta a dramática situação da pecuária e agricultura. O presidente da FAEB, Humberto Miranda, destaca a redução drástica no preço do leite e do boi, além da quase paralisação no comércio de gado. Culturas de subsistência estão severamente afetadas, comprometendo a economia rural.

Prejuízos nas diversas culturas

A produção de leite informal sofreu uma queda de mais de 50%. Culturas como apicultura, café, banana e caju também enfrentam grandes perdas. O plantio de milho e feijão está atrasado, e mais de 130 municípios declararam estado de emergência. As perdas econômicas podem alcançar R$ 600 milhões ao ano, afetando negativamente o PIB estadual e do setor agropecuário.

Medidas de enfrentamento

Para enfrentar a crise, a FAEB sugere a criação de programas de aquisição e distribuição de alimentos essenciais e a extensão de débitos rurais. Propõe-se também a abertura de linhas de crédito para compra de ração e construção de cisternas, além de apoio do governo na distribuição de recursos essenciais para famílias afetadas.