A Nvidia, reconhecida como a empresa mais valiosa do mundo, está agora diante de um cenário incerto em relação ao futuro da inteligência artificial (IA). A chamada “lei de escala”, que sugere que modelos de IA se tornam mais eficazes com o aumento da quantidade de dados e poder computacional, está sendo questionada. Este conceito ganhou notoriedade após o lançamento do ChatGPT e o avanço acelerado da IA nos últimos anos. Entretanto, novos modelos de empresas como OpenAI e Google não têm demonstrado as melhorias esperadas, levantando preocupações sobre a eficácia dessa abordagem.
Os investidores da Nvidia expressam inquietação diante desse novo cenário, uma vez que a “lei de escala” havia substituído a Lei de Moore como o princípio orientador do progresso tecnológico. O reconhecimento de que os modelos de IA podem ter atingido um “pico” no pré-treinamento indica que mais esforços serão necessários após a construção inicial para continuar a evolução. Essa mudança na forma como os dados são utilizados pode impactar as receitas da Nvidia, especialmente em um contexto onde a demanda por chips de inferência está em alta.
Os investimentos em IA pelas grandes empresas devem ultrapassar US$ 200 bilhões neste ano, mas a percepção de que “maior não significa melhor” pode restringir esses aportes. A Nvidia, que se beneficiou da especulação em torno da criação de supermodelos de IA, poderá enfrentar desafios se o foco mudar para aplicações práticas da tecnologia. A demanda por seus chips é forte atualmente, mas a companhia teme por um futuro onde o cenário pode se alterar drasticamente.