O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) iniciou, nesta segunda-feira, 15, a implementação de um sistema baseado em inteligência artificial para identificar possíveis fraudes em atestados médicos submetidos para obtenção de auxílio-doença. Este novo método surge como uma evolução do processo anterior, no qual os segurados enviavam seus atestados pelo Atestmed, um sistema online para solicitação automática do benefício.
O sistema anterior permitia que os segurados solicitassem o afastamento do serviço por mais de 15 dias sem a necessidade de uma perícia médica presencial. Com a introdução da inteligência artificial, desenvolvida pela empresa Dataprev, o processo de verificação torna-se mais rigoroso. O robô analisa informações como nome, assinatura e CRM do médico, além de verificar o endereço de envio do arquivo.
Em 2023, o INSS recebeu mais de 1,6 milhão de pedidos de auxílio-doença através do sistema Atestmed. Entretanto, aproximadamente 46% desses pedidos foram recusados por não estarem em conformidade com as normas do instituto.
Segundo informações do INSS, a prática de falsificação ou uso de documentos falsos pode resultar em penalidades severas, incluindo condenações de até cinco anos de prisão. Além disso, beneficiários que adquiriram atestados fraudulentos serão obrigados a restituir os valores recebidos e podem enfrentar demissão por justa causa.