Israel está sob fogo cruzado de críticas internacionais, não apenas pela sua ofensiva na Faixa de Gaza, mas agora a situação se agravou com uma nova denúncia. O país é acusado de utilizar um avançado sistema de reconhecimento facial sem a devida permissão dos moradores da região. O governo de Benjamin Netanyahu, especificamente, é apontado como o responsável por este projeto controverso.
A ferramenta de reconhecimento facial foi introduzida pela primeira vez pela principal equipe de inteligência das Forças de Defesa de Israel. Seu principal objetivo? Localizar possíveis ameaças do Hamas. Contudo, a eficácia do sistema foi questionada quando alguns civis foram falsamente identificados como integrantes do grupo.
De acordo com as autoridades israelenses, o sistema não é infalível. Às vezes, ele erra, principalmente com imagens de baixa qualidade ou em condições de iluminação precárias. Um dos casos mais chocantes envolveu Mosab Abu Toha, um poeta palestino. Ele foi detido em um checkpoint israelense enquanto tentava viajar para o Egito com sua família. Abu Toha foi injustamente marcado como alvo, detido, e passou dois dias em interrogatório e sob violência física antes de ser libertado sem explicações.
A controvérsia não para por aí. A Corsight, empresa responsável pela tecnologia, ainda não se pronunciou sobre as acusações de criar um banco de dados de palestinos sem consentimento ou sobre as falhas apontadas no funcionamento do sistema.
Essa situação levanta preocupações cruciais sobre privacidade, consentimento e a precisão de tecnologias de vigilância. Diante desses acontecimentos, o mundo agora olha de perto as próximas ações e respostas de Israel e das empresas envolvidas neste cenário delicado.