Justiça americana condena NSO Group por invasão de privacidade no WhatsApp

A Justiça dos EUA condenou a NSO Group por invasão de privacidade no WhatsApp, um importante precedente para a proteção digital.

(Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

A Justiça dos Estados Unidos declarou a empresa israelense NSO Group culpada de invadir sistemas do WhatsApp, utilizando o spyware Pegasus. A decisão da juíza Phyllis Hamilton, do Distrito Norte da Califórnia, foi um resultado de um processo iniciado pela Meta em 2019.

O WhatsApp acusou a NSO de explorar uma vulnerabilidade no aplicativo, infectando cerca de 1.400 dispositivos e permitindo vigilância ilegal sobre jornalistas, ativistas e líderes políticos. A juíza decidiu que a NSO violou várias leis, incluindo o Computer Fraud and Abuse Act e o California Comprehensive Computer Data Access and Fraud Act.

Para especialistas, a decisão estabelece um precedente crucial para a responsabilização de empresas de tecnologia de vigilância. John Scott-Railton, pesquisador do Citizen Lab, afirmou que o caso representa um “marco legal” que pode desencorajar futuras práticas invasivas. Will Cathcart, líder do WhatsApp, celebrou a vitória como um avanço para a privacidade.

O caso do Pegasus já havia gerado controvérsias, com investigações revelando seu uso contra mais de 50 mil alvos. Com essa decisão, o cenário para empresas de espionagem pode mudar, reforçando a importância da proteção da privacidade digital.