Juventude em crise: Pesquisa revela 5,2 milhões de jovens desempregados no Brasil

Uma pesquisa revela que jovens negros e mulheres são os mais afetados pelo desemprego no Brasil. Leia agora e entenda por que essa realidade precisa mudar.

Uma recente pesquisa feita pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, lançou uma luz crítica sobre a situação do emprego juvenil no Brasil. Os números revelam que de uma população de 207 milhões, 17% (ou seja, 35,2 milhões) são jovens entre 14 e 24 anos, dos quais 5,2 milhões estão desempregados – correspondendo a assombrosos 55% do total de desempregados no país.

Desigualdades acentuadas

Os dados indicam que 52% dos jovens desempregados são mulheres e 66% são pretos ou pardos. Além disso, um total de 7,1 milhões de jovens estão em situação de “nem-nem”, ou seja, não estudam e também não trabalham, sendo 60% mulheres – a maioria com filhos pequenos – e 68% são pretos ou pardos.

Entre os jovens empregados, 86% estão em ocupações de pouca complexidade, com apenas 14% (2,2 milhões) trabalhando em áreas técnicas, culturais, informática e comunicações. Além disso, existe um alto nível de informalidade, com 51% das mulheres e 56% dos pretos e pardos trabalhando em condições informais.

A educação como pilar fundamental

Conforme aponta a pesquisa, o nível educacional desempenha um papel crucial. Cerca de 23% das mulheres e 37% dos homens empregados não concluíram o ensino médio. No caso dos desempregados, 38% das mulheres e 46% dos homens também não concluíram o ensino médio.

“E essa credencial é a mínima para conseguir postos de trabalho de melhor qualidade ou para conseguir se inserir em cursos que tragam mais densidade de conhecimento e mais habilidades para obter um posto de trabalho melhor”, afirma a Subsecretária Paula Montagner. Ela acredita que a pesquisa serve para conscientizar a sociedade, professores e empregadores, além dos próprios jovens, sobre a importância da escolaridade.

Encaminhando soluções

Humberto Casagrande, diretor executivo do CIEE, destaca a necessidade de utilizar os dados da pesquisa para discutir e planejar soluções. “A partir dessa pesquisa podemos discutir caminhos, como podemos transformar esse quadro estatístico. E aí são vários caminhos na linha do jovem aprendiz, do ensino técnico e várias outras coisas”.

O Portal ChicoSabeTudo segue comprometido em trazer informações atualizadas e detalhadas sobre essa situação preocupante. Continuaremos acompanhando essa história de perto e forneceremos atualizações conforme elas se tornem disponíveis.