Luzes na cabeça e barriga reduzem estresse, revela estudo

Estudo revela que luz terapêutica aplicada na cabeça e barriga reduz efeitos do estresse no cérebro e microbioma intestinal.

estresse

Um intrigante estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Barcelona, na Espanha, encontra-se expandindo nossa compreensão sobre o alívio do estresse. Segundo as pesquisas, iluminar a cabeça e a barriga com luzes específicas pode reverter os efeitos do estresse crônico em duas áreas chave: o cérebro e o microbioma intestinal.

Luz e saúde: uma conexão luminosa

O estudo publicado no Journal of Affective Disorders introduz uma técnica conhecida como PBM (Modulação por Luz Pulsada), aplicada tanto na cabeça quanto no intestino. O objetivo era examinar se essa técnica poderia influenciar o chamado eixo cérebro-intestino de forma positiva, mitigando o estresse crônico nos ratos.

Os camundongos, submetidos a estressores diariamente durante 28 dias, receberam sessões de PBM de seis minutos, cinco dias por semana, por três semanas, utilizando um dispositivo especializado. Este aparelho foi desenvolvido pela REGEnLIFE, uma empresa francesa de tecnologia médica, e é composto por um capacete modular e um painel abdominal que utiliza lasers infravermelhos de baixo nível, LEDs infravermelhos próximos e vermelhos, além de um campo magnético estático.

Diferentes aspectos de saúde foram monitorados, e os resultados são empolgantes. A nível celular, notou-se uma redução significativa da inflação no cérebro. Já no que se refere ao microbioma intestinal, houve uma correção nos níveis de certas bactérias que haviam sido alteradas pelo estresse.

Resultados promissores com luz

A pesquisa sugere que o tratamento PBM no intestino e no cérebro consegue, em conjunto, trazer efeitos benéficos e protetores contra o estresse. Este é um avanço potencial para tratamentos futuros envolvendo condições ligadas ao eixo cérebro-intestino, como depressão, autismo e doença de Parkinson, onde estudos anteriores já indicam uma comunicação direta entre esses componentes.

É importante ressaltar que um dos autores do estudo é funcionário e possui participação acionária na REGEnLIFE, e outro é consultor da empresa. Contudo, a empresa não financiou o estudo, garantindo a independência da pesquisa.

Combinando tecnologia médica e neurociência, esta pesquisa abre portas para uma nova forma de entender e combater o estresse crônico, utilizando métodos inovadores e não invasivos.