Pesquisadores do Reino Unido, liderados por Geoffrey Evatt, realizaram um experimento na Antártida para analisar o comportamento dos meteoritos congelados. Com a participação da professora Katie Joy e do especialista Andrew Smedley, o estudo utilizou uma lâmpada, um freezer e blocos de gelo especialmente preparados sem bolhas de ar.
Os meteoritos são classificados em três grupos: rochoso, metálico e misto. Em solo terrestre, a grande maioria é rochosa, enquanto na Antártida apenas 0,7% dos meteoritos são compostos por metal ou combinações entre rocha e ferro.
No experimento, dois meteoritos aproximadamente do mesmo tamanho – um de ferro e outro rochoso – foram congelados em cubos de gelo. Uma lâmpada que simulava o espectro solar foi utilizada para expor os blocos, evidenciando que ambos os meteoritos afundaram no gelo.
Observou-se que o meteorito de ferro desceu a 2,4 milímetros por hora, quase duas vezes mais rápido que o meteorito rochoso. Essa diferença foi atribuída à maior capacidade dos meteoritos de ferro de absorver luz solar, o que aquece o gelo ao redor e acelera o afundamento.
O estudo também utilizou modelos matemáticos para demonstrar como a absorção de luz solar influenciaria o derretimento do gelo local. Em áreas onde o fluxo de gelo é bloqueado por formações rochosas, os meteoritos enterrados podem ser empurrados de volta à superfície.
Os pesquisadores sugerem que, com base nos resultados obtidos, centenas de meteoritos podem estar ocultos sob as geleiras da Antártida. A equipe continua suas expedições pelo Polo Sul para aprofundar a análise sobre a formação e a distribuição das rochas espaciais na Terra.