Uma equipe internacional de cientistas aplicou com sucesso a técnica paleoproteômica para identificar o sexo de um humano arcaico que viveu há cerca de 3,5 milhões de anos.
A técnica, baseada em proteínas preservadas no esmalte dos dentes e desenvolvida há 30 anos, não havia sido testada em fósseis tão antigos, conforme divulgado no South African Journal of Science. Os autores afirmaram: “Embora ainda estivesse em sua infância para fósseis do Plio-Pleistoceno, a paleoproteômica tinha o potencial de ajudar a desvendar as causas da variação morfológica”.
O material analisado foi coletado de um Australopithecus africanus, cujos restos foram encontrados nas cavernas de calcário de Sterkfontein, na África do Sul – região considerada como berço da humanidade. Mais de 100 peptídeos extraídos de um dente revelaram que se tratava de um indivíduo do sexo masculino, e os pesquisadores pretendiam ampliar a aplicação da técnica para outros fósseis de climas variados.