Em 1969, no estado de Utah, Estados Unidos, cientistas descobriram os restos fossilizados de uma planta até então desconhecida. Nomeada Othniophyton elongatum, essa espécie, também chamada de “planta alienígena”, tem sido objeto de estudo por várias equipes de pesquisa. Apesar das investigações, 55 anos depois, sua classificação taxonômica continua sem resposta.
Inicialmente, acreditava-se que a planta fosse um tipo de ginseng, mas uma nova pesquisa publicada no Annals of Botany contestou essa ideia. Os autores do estudo compararam o fóssil de 1969 com um outro espécime encontrado na mesma região e preservado na Universidade da Califórnia. A análise revelou que ambos pertenciam à mesma espécie, mas o espécime californiano apresentava características distintas, como folhas, flores e frutos, que não se assemelham ao ginseng.
A equipe de pesquisa, ao examinar as características morfológicas dos fósseis, não conseguiu vincular a planta alienígena a nenhuma família ou gênero conhecido. Steven Manchester, coautor do estudo, comentou que as folhas simples encontradas nos galhos eliminam a possibilidade de associação com o ginseng. Além disso, os estames observados nos fósseis apresentavam um comportamento atípico, já que normalmente caem quando as frutas amadurecem. “Essa situação não foi observada em nenhuma planta moderna”, destacou Manchester.