Moradores da Bahia afetados pelo desastre de Mariana têm até 1º de março para se cadastrar em ação contra mineradoras 

Processo legal novo contra Samarco e Vale por Mariana abre para moradores de quatro municípios baianos.

Moradores do sul da Bahia têm agora a chance de participar de uma ação internacional inédita relacionada ao desastre ambiental ocorrido em Mariana, Minas Gerais, em 2015. Este novo processo legal abre portas para que as vítimas da catástrofe ambiental — especificamente dos municípios de Caravelas, Nova Viçosa, Prado e Mucuri — busquem compensação pelas mineradoras Vale e Samarco, responsáveis pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação Ações do Rio Doce, entidade à frente desta nova mobilização legal, está convocando tanto pessoas físicas quanto jurídicas, que até agora não estavam inclusas no litígio bilionário já em andamento na Inglaterra contra as referidas mineradoras. A iniciativa é uma resposta direta aos impactos devastadores que se estenderam além das fronteiras de Minas Gerais e Espírito Santo, atingindo também a vida marinha e as atividades econômicas, especialmente a pesca, no sul da Bahia.

Segundo Guy Robson, advogado associado ao escritório Pogust Goodhead que representa a Fundação Ações do Rio Doce, o desastre ultrapassou a distância física e afetou gravemente a região, espalhando rejeitos de mineração e prejudicando significativamente a economia local.

Os interessados em aderir à ação devem realizar seu cadastro até o dia 1º de março de 2024, por meio do site www܂acoesdoriodoce.com. O processo inclui a assinatura de um acordo com a fundação e o preenchimento de um questionário específico para avaliação de admissibilidade no processo. Para mais detalhes sobre como se registrar e sobre o andamento da ação, os moradores podem visitar o site oficial da fundação e suas redes sociais.