A Bahia registrou 61 mortes por gripe entre janeiro e julho de 2024, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Esse número representa um aumento de 74,3% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 35 óbitos. Além disso, o estado notificou 882 casos de gripe em 2024, um crescimento de 103,2% em relação aos 434 casos registrados no ano anterior.
A situação também é preocupante no que diz respeito à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nos primeiros sete meses de 2024, foram registrados 7.305 casos de SRAG e 311 mortes, um aumento de 4,8% em comparação aos 6.971 casos notificados no mesmo período de 2023.
Fatores contribuintes e a importância da vacinação
Especialistas atribuem o aumento nas mortes por gripe a diversos fatores, incluindo a mudança das estações com a chegada do inverno e o período pós-festas de São João. No entanto, a baixa cobertura vacinal tem sido apontada como um fator crítico para a disseminação da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o público-alvo da vacinação contra a gripe na Bahia é de 5.929.764 pessoas. Até 24 de julho de 2024, apenas 2.530.355 doses haviam sido aplicadas. Em Salvador, a capital do estado, a situação é similar: dos 1.046.052 indivíduos elegíveis, somente 399.814 receberam a vacina.
Medidas de expansão da vacinação
Desde maio, a vacinação contra a gripe foi ampliada para todas as pessoas com mais de seis meses de idade, elevando o número de indivíduos elegíveis na Bahia para mais de 14 milhões e, em Salvador, para mais de 2 milhões. Apesar dessa ampliação, o Ministério da Saúde enfatiza a importância de proteger os grupos mais vulneráveis a complicações da gripe, como gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de cinco anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais.