Imagine passear pela margem de um rio e dar de cara com… a espinha dorsal de um gigante pré-histórico? Foi mais ou menos isso que aconteceu no Mississippi, nos EUA. Geólogos do Departamento de Qualidade Ambiental da região encontraram um fóssil que pode ser o maior mosassauro já descoberto no Estado.
A descoberta foi feita na margem de um rio em Starkville. A espinha dorsal pertence a uma criatura que eles estimam ter tido, pelo menos, nove metros de comprimento. O fóssil gigante foi retirado cuidadosamente do local.
A vértebra recém-encontrada pertencia ao Mosasaurus hoffmanni, uma das maiores espécies de mosassauros conhecidas. Com mais de 18 centímetros de largura em seu ponto mais largo, essa vértebra é realmente impressionante.
Para confirmar a identificação, o fóssil foi comparado a outros encontrados no Museu de Ciências Naturais do Mississippi. O museu guarda partes como mandíbulas, pedaços de crânio e dentes desses antigos animais.
Conhecendo os “Dragões Marinhos”
Os mosassauros, carinhosamente chamados de “dragões marinhos”, viveram na Terra na mesma época dos dinossauros, no final do período Cretáceo, entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás. Eles dominaram os mares por milhões de anos.
Os pesquisadores acreditam que essas criaturas podiam atingir um comprimento máximo de cerca de 15 metros. No entanto, alguns espécimes eram ainda maiores.
Um dos maiores fósseis já registrados é um crânio de Mosasaurus hoffmanni que indica um animal com cerca de 17 metros de comprimento. Essa espécie era um predador de ponta.
Eles caçavam suas presas usando grandes mandíbulas equipadas com dentes em forma de cone. Eram predadores vorazes no ecossistema marinho daquela era.
O que estava no cardápio desses gigantes? Eles se alimentavam de peixes, tubarões e aves marinhas. E, pasme, pesquisadores já encontraram restos de outros mosassauros nos estômagos desses predadores!
Como era o Mississippi pré-histórico?
A região do Mississippi onde a vértebra foi encontrada era, milhões de anos atrás, um cenário bem diferente. Era um mar tropical quente e raso, repleto de vida marinha diversificada.
Cientistas falam que esse mar abrigava uma grande variedade de tubarões, peixes, lagartos marinhos e amonites durante o período Cretáceo. Era um verdadeiro paraíso para a vida aquática da época.
Mas a vida não se limitava à água. Pterossauros e até algumas aves voavam sobre a superfície do mar. Nas margens e nas florestas arborizadas ao longo dos estuários costeiros, uma variedade de dinossauros herbívoros e carnívoros caminhava livremente.
O Mosasaurus hoffmanni foi uma das últimas espécies de mosassauros a existir. A vida deles, e de muitos outros seres, mudou drasticamente há 66 milhões de anos.
Foi quando o asteroide Chicxulub atingiu a Terra. O impacto alterou fundamentalmente os ecossistemas marinhos dos quais os mosassauros dependiam para sobreviver, levando-os à extinção.