A partir desta sexta-feira (29), os motoboys que trabalham com entrega por aplicativo em todo o país entram em greve. A paralisação, organizada pela Associação dos Motofretistas Autônomos do DF (Amae-DF), tem como objetivo reivindicar melhores salários e condições de trabalho. A greve se estenderá até o próximo domingo (1°).
Modelo atual é “injusto”
A principal demanda da categoria é a alteração no modelo de remuneração. Atualmente, os motoboys são pagos apenas pelas entregas realizadas. “Se você ficar o dia inteiro pela rua e não entregar nada, não recebe nada”, declara Eduardo Couto, diretor da Amae-DF. A proposta é que a remuneração seja de, no mínimo, R$ 35 por hora logada no aplicativo.
Comparação com os garçons
A Amae-DF sugere que a categoria deveria ser tratada como os garçons, que recebem um salário fixo por hora, além das gorjetas.
“Queremos receber da mesma forma como os garçons”, reforça Eduardo Couto.
Impacto no setor de alimentação
O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF) já foi informado sobre a greve. Segundo Eduardo Couto, o serviço de entregas será completamente paralisado.
“Nós iremos brecar e parar tudo. Ninguém vai receber pedido de shoppings e restaurantes”, avisa.
Negociações em andamento
Apesar de existirem negociações, as propostas feitas pelas empresas de aplicativos são consideradas “inaceitáveis” pela associação. O valor oferecido é de R$ 17 por hora trabalhada, metade do que a categoria considera justo.
Embora a greve tenha um caráter de urgência, Eduardo Couto afirma que a intenção é de que a paralisação aconteça de forma pacífica.
“Nós pregamos a paz. Quem não puder participar, fica em casa. Vá passear com a família. Tire os três dias de lazer”, orienta.
As informações são do Portal ChicoSabeTudo.